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                            Produções dos alunos

  Aqui você encontrará as produções realizadas pelos alunos do CEEJA-LINS .

Tempos de SAUDADES!

   Recordo bons momentos, quando era criança, e meu pai  trabalhava em São Paulo. Quando ele vinha para casa, sempre trazia presentes para mim e para minhas irmãs. Eu me lembro de quando ele me deu uma boneca, a minha primeira boneca! Ela dançava e falava! Coloquei o nome dela de Susy, A boneca era linda! Eu e minhas irmãs brincávamos muito com as bonecas que ganhávamos de presente do nosso querido pai. A cada ida para São Paulo, para seu trabalho, nós não nos contínhamos de ansiedade para que voltasse logo. Teve uma vez que nosso pai nos presenteou com um ovo de Páscoa enorme! Papai pôs pegadas no chão e fez uma casinha na frente de casa, dizendo que foi o coelho que trouxe!

    Foi uma época muito boa. Lembro-me também de que nós brincávamos, em frente de casa, de mamãe da rua, pega lata e vôlei. Meu pai e minha mãe ficavam sentadinhos na calçada nos observando! Minha mãe assoviava para nós entrarmos quando dava a hora. Naquele tempo, eu era feliz, pois eu tinha o amor de meus pais, pessoas especiais que jamais esquecerei!

           SANDRA DE OLIVEIRA.

 

    Lembranças inesquecíveis

 

   Lembro de uma época em que eu brincava com meus primos e irmãos de pega-pega, esconde-esconde, balança-caixão e outras brincadeiras divertidas, quando íamos à casa de meu tio Divino.

   Brincávamos na rua, pois tinha pouco movimento de carro. Lembro também quando eu e meus irmãos ficávamos até tarde da noite contando histórias de fantasmas. Meu irmão menor tinha medo, mas eu e meu irmão mais velho não.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   Este tempo traz muitas saudades, e jamais vou esquecer o que vivi com meus amigos, primos e irmãos.

   Hoje ficaram só lembranças dessas brincadeiras, pois cresci e já não brinco mais na rua.

    Sou uma jovem que tem muitos sonhos, como terminar o Ensino Médio no CEEJA e fazer uma faculdade. Assim vou ter um futuro melhor, mas vou levar no meu coração os bons momentos que tive na minha infância.

 

                  Juliana Lima de Matos

 

Um cômodo no Morro do         Oratório

   Cheguei em meados de 2006, com 17 anos, e essa foi minha primeira viagem à capital. Permaneci no ABC Paulista durante todo esse tempo. Para chegar ao morro, tínhamos que atravessar todo o bairro do Oratório. Morávamos em três: eu, uma colega chamada Laura e sua irmã, Bete. A “casa” ficava em uma das últimas ruas do morro, nos fundos de outras casas. Era um barraco!     Um barraco com somente um cômodo, que servia de sala, quarto e cozinha (sem pia). Utilizávamos a cozinha do vizinho, que, por sorte, era tio da Laura. As paredes do barraco eram de madeirite, em um tom de rosa desbotado.

O banheiro era frio e úmido, a água do banho era muito quente (quase insuportável) e não tinha porta! (fato que me desagradava muito.) Passava um córrego por trás do barraco e, quando muito cheio, ele alagava o cômodo. Ao anoitecer, quase sempre não havia estrela alguma. Em compensação, labaredas de fogo das indústrias locais brilhavam sem parar e, depois de muita reflexão, vejo que isso não era nada animador... porque aqui no interior as estrelas estão sempre presentes...

Chovia muito, quase sempre nas segundas-feiras. Parecia praga! Eu descia o morro todos os dias. Eu não tinha preguiça de andar, mesmo em dias de chuva. É solitário demais viver em um cômodo só, sentia-me presa como um passarinho em uma gaiola! Fiz minhas melhores amigas neste “belo” lugar, porém, hoje em dia, não sei para onde elas foram ou como estão. Conheci muita gente bondosa e pessoas cheias de boas intenções. Parece loucura, mas eu voltaria tudo para rever essas pessoas.

 

              Ivy Romero

Lembranças

            da minha vida

Ainda hoje, lembrei-me de coisas verdadeiras que aprendi com meus pais. Eu falo de caráter, amor, humildade, solidariedade e coragem.

Lembrei-me de que os nossos bons e verdadeiros diálogos aconteciam na mesa de jantar, no parque, no cinema e em todos os lugares em que estávamos.

Sua sabedoria e seus constantes cuidados comigo ensinaram-me a ser gente. Hoje, mesmo depois dos meus mais de quarenta anos, ainda me sinto uma criança.

Meu orgulho de amá-los é imenso, não tem tamanho. Meu coração e alma sorriem de tantas felicidades. Minha vida não é refém da tristeza e nem sou inimigo de mim mesmo.

Hoje sou a semelhança deles e meus filhos de mim, e, ao refletir sobre isso, descobri que só amando assim que consegui herdar tudo isso que eles me ensinaram.

 

   Pensem nisso...

 

                 Jorge de Souza

 

                    A            

        A

   

                  A

              A

                  L

                      M

                          A   !!!

Momentos de minha vida

 

Eu me recordo muito do tempo em que era criança, das brincadeiras com minhas irmãs e meus amigos, pois brincávamos de bolinha de gude, bicicleta, carrinho de rolimã e várias outras coisas.

O melhor momento da minha vida foi o nascimento do meu filho, que hoje tem quatorze anos. Foi muito emocionante, me senti a mulher mais feliz do mundo!

Apesar de esse momento ter sido muito feliz, também foi muito difícil, pois meu ex-marido estava servindo o quartel e eu estava desempregada. Passamos por muitas dificuldades, inclusive com as necessidades do bebê.

Depois de tudo isso, resolvi dar a volta por cima e criar meu filho sozinha. Hoje me sinto realizada.

 

       Cremilda Souza Santos

 

 

A palhoça da festa junina

 

  Tenho saudade de quando brincava com meus amigos na infância. Morava em um lugarejo no interior de Alagoas, onde eu e meus amigos brincávamos de bolinha de gude, soltávamos pipa e tomávamos banho no açude.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   Um dos fatos que guardo com carinho foi quando eu e meus colegas fomos buscar palha de coqueiro para fazer a palhoça da festa junina e dançamos quadrilha numa noite muito feliz e alegre.

 

         Claudelino Bezerra.

 

 

No outro lado do mundo

 

  Hoje eu vivo no Brasil com meus pais e irmãos, mas lembro com saudade da época em que morei no Japão. Foram 15 anos que vivi lá e tenho muitas lembranças boas.

  Quando eu era criança, brincava com meu irmão, que é o Flávio, no parquinho, onde havia muitos brinquedos. Tinha escorregador, balanço e um campo de futebol e outras coisas...

  Lembro também do frio rigoroso que mudava a paisagem. Na frente da casa, eu fazia bonecos de neve, e, na escola, brincava com as amigas de tacar bolas de neve uma na outra, até as mãos ficarem vermelhas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  O cenário era maravilhoso, um espetáculo da natureza. Nos dias frios, na escola, fazia a maratona de corrida e outras atividades.

  Já faz quatro aos que eu estou no Brasil, tive muitas dificuldades para me adaptar aos costumes, clima e cultura desse país.

  Um dia penso em ir para o Japão, mesmo que a passeio, pois quero matar a saudade desse país onde vivi.

 

        Mariana Arita

 

 

 

Fazenda Santa Lúcia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   Lembro que, quando era pequena, morava na fazenda Santa Lúcia. Brincava com as minhas amigas e esconde-esconde, balança caixão, passa anel, cirandinha, pula-corda e muitas outras brincadeiras da época.

   Neste tempo, não tínhamos fogão a gás. Minha avó, que se chamava Ana Maria, pedia para eu e meus irmãos mais velhos, a Eliane, o José e o João, irmos apanhar lenha para fazer pão, rosca doce e broa.

Na fazenda em que meu pai trabalhava, eu e meus irmãos íamos colher café, espalhávamos no terreirão para secar.

Quanta saudade eu tenho de quando a minha mãe e avó torravam café, que cheiro gostoso quando ia moer! Também secava arroz no pilão.

Minha avó contava muitas histórias de mula sem cabeça e Saci Pererê.

Mas isso ficou no passado, hoje moro na cidade, já tenho três meninas: uma de dezoito, a outra de dezesseis e a caçula, de quinze. Apesar de ter construído uma nova família, nunca vou esquecer o que vivi.

 

        Sueli de Fátima D. da Silva

Poesia do aluno

Jonathan Willian C. Geremias

              (CEEJA-LINS)

 

               O MAR DOS TEUS OLHOS

 

Quando eu era pequenino temia a grandeza do mar

Suas imensas ondas pareciam vir em brados ferozes

No mais louco anseio de engolir-me!

Mas os dos teus olhos não,

o mar dos teus olhos é tão sereno e belo, hipnotizante!

E neles, apenas neles eu morreria naufragado

e ainda sim imenssuravelmente feliz!

No plácido mar dos teus olhos quero descansar os meus

No verde-mar dos teus olhos quero embriagar-me

Ao contemplar tamanha beleza!

Oh, ninfa de lábios umedecidos e doces

no templo do amor você é rainha, deusa do amor, Afrodite!

         (Jonathan Willian Chiamenent Geremias) 

      Joseph, de 20 anos, aluno do Ensino Médio do CEEJA-LINS, gosta muito de ler e escrever poesias.Veja uma delas:

 

   Pensando em você

 

Era em você

Que a todo tempo falava

Só não lembro o que dizia

Acho que seu nome rimava

Com os versos da poesia

 

Era em você

Que a todo momento pensava

Que a todo instante queria

Descobri o quanto a amava

Esse amor  em mim não cabia

 

Era por você

Que o pensamento buscava

Somente por você... Quem diria!

Mas minha busca terminava

Quando me olhando sorria

 

Era por você

Que meu corpo implorava

Que meu coração tanto pedia

Quando perto de você chegava

Então a felicidade eu via

 

Formado pela paixão

Vencido pelo desejo

Recordo com emoção

O nosso primeiro beijo

 

   ( JOSEPH MENDES de ARAÚJO )

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